🚨 Depressão não é drama. É doença.

28 julho, 2025



Você acha que depressão é "frescura"?

Então está na hora de encarar a realidade. Segundo a OMS, mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo — e não, nem todas estão jogadas numa cama, chorando o dia inteiro. A verdade que ninguém quer encarar é que a depressão veste terno, bate ponto, sorri nas reuniões, cuida dos filhos, cumpre prazos e paga boletos.

Ela se disfarça de produtividade, mas por dentro, tudo é vazio. O nome disso? Anedonia. A pessoa faz tudo o que tem que fazer… mas sem prazer, sem alma, sem alegria.

Ela vive como quem assiste à própria vida de camarote, sem se sentir realmente ali. Chega de normalizar a falta de prazer em existir.

Não é só cansaço. Não é só rotina. Não é só "fase". É depressão. E precisa ser tratada.

Quem está nessa espiral precisa de ajuda real: medicação para equilibrar os neurotransmissores e psicoterapia para redescobrir o que ainda pode fazer o coração vibrar. A vida não é uma lista de tarefas. E você não é uma máquina. Reconhecer a depressão é um ato de coragem. Tratar é um grito de liberdade. 

 

🚨 Depressão não é drama. É doença.

28 julho, 2025



Você acha que depressão é "frescura"?

Então está na hora de encarar a realidade. Segundo a OMS, mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo — e não, nem todas estão jogadas numa cama, chorando o dia inteiro. A verdade que ninguém quer encarar é que a depressão veste terno, bate ponto, sorri nas reuniões, cuida dos filhos, cumpre prazos e paga boletos.

Ela se disfarça de produtividade, mas por dentro, tudo é vazio. O nome disso? Anedonia. A pessoa faz tudo o que tem que fazer… mas sem prazer, sem alma, sem alegria.

Ela vive como quem assiste à própria vida de camarote, sem se sentir realmente ali. Chega de normalizar a falta de prazer em existir.

Não é só cansaço. Não é só rotina. Não é só "fase". É depressão. E precisa ser tratada.

Quem está nessa espiral precisa de ajuda real: medicação para equilibrar os neurotransmissores e psicoterapia para redescobrir o que ainda pode fazer o coração vibrar. A vida não é uma lista de tarefas. E você não é uma máquina. Reconhecer a depressão é um ato de coragem. Tratar é um grito de liberdade. 

 

E esse tal de padrão?

6 maio, 2025

Você já parou para pensar em como os padrões impostos pela sociedade afetam nossa percepção de identidade e pertencimento? Muitas vezes, esses padrões nos impactam de maneira brusca, como um rolo compressor, ou de forma sutil e insistente, é como se fosse  um mosquito incômodo. O desafio é que, na maioria das vezes, não percebemos de imediato os danos que esses condicionamentos podem causar.
Os padrões funcionam como uma tentativa de uniformização, dando a impressão de igualdade, mas apenas superficialmente. Imagine um ambiente corporativo onde todos vestem o mesmo uniforme. Apesar da aparência padronizada, é impossível ignorar que cada pessoa ali possui sua própria essência e identidade. Ou será que é possível?
O fato é que os padrões se instalaram na sociedade e permaneceram. Eles determinam quais características devem ser valorizadas e quais devem ser minimizadas. Me questiono sobre quem estabelece essas normas? Geralmente, aqueles que já possuem privilégios e poder, reforçando desigualdades e excluindo aqueles que não se encaixam nesses moldes.
Um exemplo claro disso é o padrão do corpo magro como ideal de beleza. A busca incessante por esse padrão leva muitas pessoas a dietas extremas e práticas arriscadas para alcançar um objetivo que, muitas vezes, desconsidera completamente a diversidade dos corpos. Isso cria a ideia de que quem não corresponde a esse modelo não pode ser considerado bonito.
O grande dilema surge quando nos questionamos: será que realmente queremos ser e agir de determinada forma, ou apenas seguimos um padrão para não nos sentir excluídos? Ser diferente não é um problema, mas torna-se preocupante quando essa diferença não vem de um desejo genuíno, e sim de uma necessidade imposta pelo meio externo.
Portanto, é essencial refletir sobre nossas escolhas. Quando usamos determinada roupa ou buscamos mudanças estéticas, estamos atendendo a um desejo interno ou apenas nos adaptando para sermos aceitos? Se não houver um motivo real e autêntico por trás dessas escolhas, será que elas realmente nos fazem bem?
Quando há o sofrimento pela busca desses padrões o melhor a ser feito é buscar auxílio do psicólogo, pois é somente esse profissional que estará pronto para acolher e obter uma escuta que não seja carregada de juízos de valores, pois não cabe ao psicólogo ditar o que é certo ou errado, e sim, acolher, ouvir, e compreender todas as suas dores e juntos -paciente e psicólogo- compreenderam quais os caminhos possíveis para seguir adiante.


 

Ansiedade de todo o dia

22 abril, 2025

    A ansiedade é uma sensação que afeta profundamente o corpo, a mente e o comportamento.Mesmo a pessoa pareça tranquila, por dentro os pensamentos e medos estão acelerados.

    Lidar com ela exige um constante exercício de autocontrole, pois a ansiedade distorce a percepção, fazendo com que desejos se confundam com necessidades.
    A autossabotagem é um reflexo comum: o medo de agir e errar se mistura ao medo de não agir, criando um dilema paralisante. Em muitos momentos, a ansiedade faz com que o tempo passe sem que a pessoa consiga aproveitar o dia, deixando apenas um sentimento de arrependimento. Além disso, a ansiedade faz parecer que nenhuma escolha é a certa, como se o melhor estivesse sempre em outro lugar. Isso gera um constante questionamento sobre estar no momento ou lugar errado.
    Essa condição também pode se manifestar fisicamente, causando dores de cabeça, tensão muscular e desconfortos no corpo inteiro. A busca incessante pela perfeição e a autocobrança intensa fazem o corpo sentir dores em lugares inesperados.
    A terapia é essencial para quem vive com ansiedade, pois ajuda a reconectar a pessoa consigo mesma. É fácil se perder no meio do turbilhão de pensamentos e desistir de projetos iniciados com entusiasmo. A sensação de viver em um ritmo acelerado faz com que o tom, as cores e o sentido se percam. O psicólogo oferece um espaço para desacelerar, refletir e perceber que não é preciso tanta pressa. A terapia ensina que, com paciência, as coisas se ajustam, permitindo que a vida seja vivida em harmonia com o seu próprio tempo. 

 

Vicío: A dor e a delicia de tê-lo

16 abril, 2025



Fotos retiradas do Canva/2025.

O vício, está ligado diretamente ao uso abusivo de qualquer coisa que lhe traga prazer imediato e produza uma substância no cérebro chamada dopamina. Ele  que pode ser descrito como um hábito que não nos faz bem, mas que atende a um desejo—frequentemente sem sabermos exatamente o que estamos buscando. O vício segue um ciclo: sentimos a vontade, satisfazemos o desejo e logo ele retorna.


Ao longo da vida, somos constantemente desafiados por emoções, sensações e conflitos entre nossas vontades e necessidades. Por exemplo: sinto vontade de comer algo específicoX a necessidade de se alimentar; ou o desejo de possuir uma roupa ou sapato, contraposto à real necessidade de tê-los. Muitas vezes, não refletimos sobre o que é realmente essencial ou o que é fruto da nossa imaginação, achando que aquílo resolverá todos os nossos problemas.



É fundamental reconhecer que todos nós somos, de alguma forma, viciados em algo. Isso não significa que estamos fadados ao fracasso, mas sim que buscamos "ter" algo ou alguém para nos sentirmos bem. O problema surge quando não conseguimos distinguir o que realmente nos faz bem do que nos prejudica.


Fazer psicoterapia pode auxiliar na compreensão desses vícios ou, o que motivou você buscar esse prazer mesmo sabendo que depois lhe traz prejuízos.Além disso, fazer terapia poderá ajudar em seu autoconhecimento, estar num ambiente em que um profissional estará lhe ouvindo sem fazer julgamentos ou juízo de valo. Nessa compreensão, os medos e as dificuldades poderão ser vistas como um real problema para ter levado ao vício e juntos - paciente e psicólogo -  poderão enxergar as possibilidades de melhoras. 


Na fase adulta,percebo que os vícios e a pressão para ter uma excelente entrega em tudo que é feito se intensifica. Os medos são mascarados porque a sociedade nos cobra responsabilidade total por nossas ações. Nesse cenário, o vício muitas vezes se torna um refúgio para lidar com a complexidade de ser adulto. Ele segue agindo como uma criança mimada: sem limites, invade nossa vida, assume controle e rouba nossa autonomia, desviando-nos de nossos objetivos e propósitos.


Por fim, é importante refletir: quem realmente está no comando da sua vida? Você já percebeu se abandonou pessoas ou situações por causa de seus vícios? Você já pensou em buscar psicoterapia para lhe ajudar em algum vício ou medos que sente??? Essas perguntas podem ser o início de uma reflexão profunda sobre nossas escolhas e prioridades. 




 

Como descobri a cor da minha PELE

2 abril, 2025


    No Brasil, muitas vezes não nascemos negras, nos tornamos negras. Essa é a minha história, que talvez ressoe com tantas outras.

    Na infância, nos anos 90, eu convivia com meninas brancas e não me sentia diferente delas. Meu sonho era ser uma das paquitas, estar perto da Xuxa todos os dias. Lembro de adultos dizendo que eu não poderia ser paquita, mas, na minha visão de criança, não entendia o porquê. Não via diferença entre mim e as meninas brancas e loiras das novelas, revistas e filmes. Só existia aquele estereótipo.

    Estudei em escola particular e, na adolescência, o cenário era claro: colegas com sobrenomes alemães e italianos, meninas loiras de olhos claros. Muitas vezes me sentia deslocada, como se não pertencesse àquele mundo, nem às baladas que frequentavam. Enquanto elas curtiam música eletrônica, eu preferia um bom forró universitário.

    Na vida adulta, ainda não sabia onde me encaixava, especialmente quando pediam para definir minha cor de pele. Até que, um dia, em uma praça de alimentação na zona sul de São Paulo, uma mulher branca olhou para mim e minha amiga negra com repulsa. O racismo dela foi explícito, cruel, e suas palavras racistas me atingiram como nunca antes. Sempre fui vista como "morena", não é? Mas ali, pela primeira vez, me disseram que eu era uma mulher preta, de forma dura e dolorosa. Chorei, sentindo vergonha por algo que não deveria ser motivo de vergonha: minha cor.

    Com o tempo, após vivenciar racismo em suas formas sutis e escancaradas, percebi que a tão falada democracia racial não existe. Ser vista como "morena" nunca foi um privilégio, mas uma confusão. Eu não era branca o suficiente para ser a escolhida pelo garotinho da escola, mas também não me deixavam ser negra, porque ser negra era considerado feio.

    Foi apenas na graduação em psicologia que mergulhei na minha identidade e me reconheci como mulher negra. Apesar das dores e do cansaço que essa existência pode trazer, tenho muito orgulho de ser quem sou.