Você já parou para pensar em como os padrões impostos pela sociedade afetam nossa percepção de identidade e pertencimento? Muitas vezes, esses padrões nos impactam de maneira brusca, como um rolo compressor, ou de forma sutil e insistente, é como se fosse um mosquito incômodo. O desafio é que, na maioria das vezes, não percebemos de imediato os danos que esses condicionamentos podem causar. Os padrões funcionam como uma tentativa de uniformização, dando a impressão de igualdade, mas apenas superficialmente. Imagine um ambiente corporativo onde todos vestem o mesmo uniforme. Apesar da aparência padronizada, é impossível ignorar que cada pessoa ali possui sua própria essência e identidade. Ou será que é possível? O fato é que os padrões se instalaram na sociedade e permaneceram. Eles determinam quais características devem ser valorizadas e quais devem ser minimizadas. Me questiono sobre quem estabelece essas normas? Geralmente, aqueles que já possuem privilégios e poder, reforçando desigualdades e excluindo aqueles que não se encaixam nesses moldes. Um exemplo claro disso é o padrão do corpo magro como ideal de beleza. A busca incessante por esse padrão leva muitas pessoas a dietas extremas e práticas arriscadas para alcançar um objetivo que, muitas vezes, desconsidera completamente a diversidade dos corpos. Isso cria a ideia de que quem não corresponde a esse modelo não pode ser considerado bonito. O grande dilema surge quando nos questionamos: será que realmente queremos ser e agir de determinada forma, ou apenas seguimos um padrão para não nos sentir excluídos? Ser diferente não é um problema, mas torna-se preocupante quando essa diferença não vem de um desejo genuíno, e sim de uma necessidade imposta pelo meio externo. Portanto, é essencial refletir sobre nossas escolhas. Quando usamos determinada roupa ou buscamos mudanças estéticas, estamos atendendo a um desejo interno ou apenas nos adaptando para sermos aceitos? Se não houver um motivo real e autêntico por trás dessas escolhas, será que elas realmente nos fazem bem? Quando há o sofrimento pela busca desses padrões o melhor a ser feito é buscar auxílio do psicólogo, pois é somente esse profissional que estará pronto para acolher e obter uma escuta que não seja carregada de juízos de valores, pois não cabe ao psicólogo ditar o que é certo ou errado, e sim, acolher, ouvir, e compreender todas as suas dores e juntos -paciente e psicólogo- compreenderam quais os caminhos possíveis para seguir adiante.